Atividades Formativas de Nível Superior em Economia solidária: a Experiência de uma Universidade Pública Federal no Brasil - Estrategias metodológicas de enseñanza y aprendizaje - Economía social y solidaria en la educación superior: un espacio para la innovación. Tomo 3 - Libros y Revistas - VLEX 847443146

Atividades Formativas de Nível Superior em Economia solidária: a Experiência de uma Universidade Pública Federal no Brasil

AutorAna Lucia Cortegoso, Joelson Gonçalves de Carvalho
Páginas66-98
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Economía social y solidaria en la educación superior:
un espacio para la innovación
RESUMO
Este artigo discute atividades de ensino e de formação em Economia Solidária
implementadas pelo Núcleo Multidisciplinar e Integrado de Estudos, Formação
e Intervenção em Economia Solidária da Universidade Federal de São
Carlos (NuMI-EcoSol/Car), tendo como referências compromisso com
indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão, princípios da
economia solidária e expectativa de desenvolvimento de um sistema de ações
formativas diversas como fomento a este campo. Ofertas de disciplinas optativas
no contexto da graduação e da pós-graduação e de curso de especialização para
preparo de agentes de fomento à economia solidária possibilitaram identicar
aspectos relevantes para a formação em Economia Solidária. Estes aspectos
referem-se à articulação teórico-prática permanente, imersão e alternância,
contribuições multiprossionais e multidisciplinares e práticas de autogestão
como parte das atividades. Outras atividades formativas já propostas, como
Curso de Graduação em Economia Solidária, ou em preparo, como programa
de pós-graduação stricto sensu pela equipe, bem como algumas já identicadas
como relevantes (ensino fundamental, médio e técnico, por exemplo) constituem
desaos a serem enfrentados no âmbito universitário, entre outros, para ampliar
e melhorar a qualicação de diferentes atores sociais, impulsionando a Economia
Solidária como alternativa concreta para produção e reprodução da vida de
forma mais equitativa e justa.
P-: Autogestão, economia solidária, ensino de graduação,
ensino de pós-graduação, formação em economia solidária, universidade pública.
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Atividades Formativas de Nível Superior em Economia solidária: a Experiência de uma
Universidade Pública Federal no Brasil
RESUMEN
En el presente artículo se exponen y discuten actividades de enseñanza y de
formación en Economía Solidaria implementadas por el Núcleo Multidisciplinar
e Integrado de Estudios, Formación e Intervención en Economía Solidaria de
la Universidade Federal de São Carlos (NuMI-EcoSol/Car), tomando como
referencia el compromiso de indisociabilidad de las actividades de enseñanza,
investigación y extensión, principios de la economía solidaria y la perspectiva
de desarrollo de un sistema integrado de acciones formativas diversas como
fomento en ese campo. Oferta de actividades formativas de carácter optativo en
el contexto de grado y posgrado stricto sensu y la implementación de un curso
de especialización para preparar agentes de fomento a la Economía Solidaria
posibilitaron identicar aspectos relevantes para la formación en ese campo,
tales como: articulación teórico-práctica permanente, inmersión en la realidad,
alternancia de actividades de estudios e inserción en la realidad, contribuciones
multiprofesionales y multidisciplinarias y prácticas de autogestión como parte
de las actividades pedagógicas. Otras actividades formativas propuestas por
el equipo, como la carrera en Economía Solidaria, o en preparación, como el
programa de posgrado stricto sensu, así como algunas identicadas como relevantes
(niveles fundamental, medio y técnico de enseñanza, por ejemplo), constituyen
desafíos a enfrentar en el ámbito universitario, entre otros, para ampliar y mejorar
la calicación de diferentes actores sociales, impulsando la Economía Solidaria
como alternativa concreta para producción y reproducción de la vida de forma
más equitativa y justa.
P : autogestión, economía solidaria, formación en economía
solidária, formación de grado, formación de posgrado, universidad pública.
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Economía social y solidaria en la educación superior:
un espacio para la innovación
Introdução
O
ressurgimento da economia solidária no Brasil, a partir do nal da
década de , impulsionou grupos de docentes de universidades no
engajamento em atividades de fomento de economia solidária e também em
atividades de formação de estudantes e prossionais já atuantes ou com potencial
para atuar no movimento desta economia.
A expressão “economia solidária” tem sido utilizada no cenário nacional,
principalmente a partir deste período, para designar iniciativas de trabalho coletivo,
de natureza autogestionária e solidária. Tem como características essenciais,
denidoras, posse ou controle de meios de produção, garantia de processos
participativos e democráticos de tomada de decisão e distribuição equitativa de
ganhos e responsabilidades (Singer, ), assim como de trabalho. Segundo texto
de referência da III Conferência Nacional de Economia Solidária, realizada em
, constitui este campo os empreendimentos econômicos solidários1.
De acordo com o segundo mapeamento da Economia Solidária no Brasil,
estavam envolvidos nesses empreendimentos econômicos solidários ..
pessoas associadas, na maioria do sexo masculino: . (, do total) contra
. do sexo feminino (,). Em termos gerais, os  se concentravam
na região nordeste do Brasil, com , dos empreendimentos. Nacionalmente,
o meio rural concentrava a maior proporção no que tange à atuação dos 
com ,, contra , que se declararam atuar em áreas urbanas e , que
disseram atuar no urbano e no rural (Ipea, ).
1 Os empreendimentos econômicos solidários se caracterizam por I. Serem organizações
coletivas, singulares ou complexas, cujos participantes ou sócios(as) são trabalhadoras(es)
do meio urbano ou rural; II. Realizarem atividades de natureza econômica, socioambiental
e cultural que devem ser as razões primordiais da existência da organização; III. Serem
organizações de autogestão cujos participantes ou sócios exerçam coletivamente a gestão
das atividades econômicas e a decisão sobre a partilha dos seus resultados, através da
administração transparente e democrática, soberania da assembleia e singularidade de
voto dos sócios, cumprindo o seu estatuto ou regimento interno; IV. Serem organizações
permanentes, considerando tanto os empreendimentos que estão em funcionamento
quanto aqueles que estão em processo de implantação, desde que o grupo esteja constituído
e as atividades econômicas denidas (Brasil, 2014).

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