La fenomenologia y el "sentido" de la biblioteca escolar para el ser-alumno: ensayo de propuesta de investigacion. - Vol. 36 Núm. 3, Diciembre - Septiembre 2013 - Revista Interamericana de Bibliotecologia - Libros y Revistas - VLEX 637533753

La fenomenologia y el "sentido" de la biblioteca escolar para el ser-alumno: ensayo de propuesta de investigacion.

AutorFioravante Garcez, Eliane
CargoTexto en portugues - Ensayo

A fenomenologia e o "sentido" de biblioteca escolar para o ser-aluno: ensaio de proposta de investigacao [1]

The Phenomenology and the "Meaning" of School Library for the Student: Essay of Study Proposal

  1. Introducao

    "El mundo de la vida, entendido en su totalidad, como mundo natural y social, es el escenario y lo que pone limites a mi accion y a nuestra accion reciproca. Para dar realidad a nuestros objetivos, debemos dominar lo que esta presente en ellos y transformarlos. De acuerdo con esto, no solo actuamos y operamos dentro del mundo de la vida sino tambien sobre el." (SCHUTZ, 2003, p. 27).

    Com este artigo pretende-se discorrer sobre proposta de pesquisa doutoral no Programa de Pos-Graduacao em Ciencia da Informacao, da Universidade Federal de Santa Catarina PGCIN/UFSC (Brasil). Ainda em estado nascente, e tendo a biblioteca escolar como objeto de estudo, busca-se com a investigacao conhecer qual a percepcao/sentido que o ator-aluno tem de biblioteca escolar. O ancoradouro epistemologico e metodologico escolhido para acolher a investigacao e o fenomenologico.

    Pode-se afirmar que a fenomenologia e tanto uma forma de se conceber como de se fazer ciencia. Johnson (1997, p. 111) diz que fenomenologia "e o estudo da experiencia humana consciente na vida diaria." Japiassu e Marcondes (1992, p. 101), a compreende como "estudo puramente descritivo do fenomeno tal qual este se apresenta a nossa experiencia." Ja no entendimento de Abbagnano.

    Significa antes de mais nada um conceito de metodo. Ela nao caracteriza a consciencia, de fato do objeto da indagacao filosofica, mas seu como. (...) aquilo que, acima de tudo e na maior parte dos casos, nao se manifesta, o que esta escondido, mas que e capaz de expressar o sentido e o fundamento daquilo que, acima de tudo e na maior parte dos casos, se manifesta. (ABBAGNANO, 2007, p. 512, grifo do autor).

    O filosofo austriaco Edmund Husserl (1859-1938) [2] e a maior referencia nessa corrente filosofica. Pode-se afirmar que seu estudo representa um divisor de aguas entre aqueles que inicialmente levantaram o termo, conforme veremos mais adiante, e aqueles que seguiram influenciados por essa doutrina, que chega consolidada em nossos dias. Para Husserl (1990, p. 22-74) a fenomenologia e uma "doutrina universal das essencias, em que integra a ciencia da essencia do conhecimento (...) ciencia dos fenomenos intuitivos. (...) doutrina da essencia dos fenomenos cognitivos puros." Para o filosofo frances Andre Dartigues (1973, p. 26) ela e "a ciencia descritiva das essencias da consciencia e de seus atos." Com Husserl a filosofia passou a ser reconhecida como a unica ciencia que fornece fundamentos para si e para as demais ciencias, independentemente, de serem empiricas ou puras. (CHAUI, 1980).

    Em seu estudo, Husserl (1990) se debrucou sobre os conceitos de imanencia (consciencia) e transcendencia (o objeto em si). O Imanente, diz ele, esta no ente, no ser, e o transcendente fora do ser. Esta diferenciacao nos reporta as questoes entre aquilo que aparece de determinado objeto e aquilo que esta la, nele, escondido e escondido permanecera ate que os atores envolvidos com ele, no seu cotidiano, sejam interrogados sobre o que pensam sobre ele--objeto, extraindo deles--atores, sentido e representacao; "existencia". Mas a fenomenologia e muito mais do que conseguir representar um objeto que suponhamos existir, e processo mais complexo. Empregada como metodo e possivel revelar algo pincado da consciencia sobre aquilo que os atores experimentam no seu cotidiano, na lida com as coisas imediatas do dia a dia do conhecimento do senso comum. Para Schutz (2007, p. 155) esse conhecimento "(...) e o pano de fundo nao questionado, mas sempre questionavel, dentro do qual a investigacao tem inicio e dentro do qual, exclusivamente, pode ser levada a cabo."

    A fenomenologia e um metodo que torna possivel se chegar a essencia daquilo que Husserl, conforme afirma Chaui (1980, p. VII), define como coisa--ela "e o fisico, o fato exterior, empirico, governado por relacoes casuais e mecanicas." Coisa que antes dele era impossivel ser revelada, re-conhecida, pela falta de um arcabouco teorico e de metodo que certificasse sua existencia. Husserl (1990, p. 32) esclarece que "o estar dado das coisas e exibir-se (se representadas) de tal a tal modo emfenomenos. E ai as coisas nao existem para si mesmas e 'enviam para dentro da consciencia' os seus representantes." Para ele, segundo informa Chaui (1980, p. VII, grifo da autora) "o fenomeno e a consciencia, enquanto fluxo temporal de vivencias e cuja peculiaridade e a imanencia e a capacidade de outorgar significado as coisas exteriores." Disso pode-se concluir que: todas as coisas que estao a nossa volta convivem conosco, nos foram dadas, mas so a percebemos a partir do momento em que damos sentido a elas ou que elas facam sentido para nos, seja porque a utilizamos no nosso dia a dia, ou por terem sido reveladas pela ciencia. As transformacoes sociais, e porque nao dizer a construcao social da realidade, perpassa pela objetivacao e subjetivacao, conforme nos falam Berger e Luckmann (2003), daquilo que e sentido e mostrado, originando novos sentidos, novas representacoes do que antes eram apenas coisas, viabilizadas pela constante interacao e comunicacao. O homem pensa, fala, ouve, age e interage e por conta disso com outros constroi o mundo pratico e o mundo teorico.

    Mas qual o quadro que compoe a historia da fenomenologia? Quais seguidores desse metodo conversam com Husserl neste ensaio? Porque elege-la--doutrina e metodo, como a que melhor ampara a pesquisa que proponho desenvolver neste PGCIN? Qual a bibliografia utilizada e as razoes de te-la escolhido nesta fase, ainda inicial, de construcao do projeto de pesquisa?

  2. Fenomenologia: um pequeno recorte da sua historia

    A fenomenologia passa a fazer parte da historia da filosofia a partir de 1764 com Novo Organon, do filosofo frances Johann Heinrich Lambert (1728-1777). Seis anos depois, 1770, o termo reaparece numa carta de Kant (1724-1804) [3] a Lambert, quando o primeiro utiliza o termo fenomenologia geral ao referir-se a propedeutica [4] --na sua compreensao anterior a Metafisica [5], portanto em algo que ilumina o caminho para se estudar e chegar as essencias. (DARTIGUES, 1973).

    Em 1781 Kant publica Critica da razao pura, e nela, conforme Dartigues (1973), especificamente em Estetica transcendental, levanta questoes do aparecer ou do fenomeno. Mas e somente em 1807, com G. W. F. Hegel (1770-1831), atraves do trabalho Fenomenologia do espirito, que o termo passa a ser inserido com mais frequencia no campo da filosofia. (DARTIGUES, 1973).

    Apos Kant e Hegel, e Husserl quem apresenta novos questionamentos relacionados a teoria do conhecimento com uma nova significacao para a fenomenologia, que atraves dos estudos de seus seguidores veio sendo fortalecida durante o seculo XX chegando indiscutivel aos nossos dias.

    Para Dartigues (1973, p. 12-13) as fenomenologias Kantiana, Hegeliana e Husserliana divergem entre si...

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