Rendimiento medioambiental, social y de gobernanza de las empresas: un análisis desde la perspectiva de la holgura financiera - Núm. 39-168, Julio 2023 - Estudios Gerenciales - Libros y Revistas - VLEX 952146014

Rendimiento medioambiental, social y de gobernanza de las empresas: un análisis desde la perspectiva de la holgura financiera

AutorYvelise Giacomello Piccinin, Larissa Degenhart, Micheli Aparecida Lunardi, Lucas Veiga Ávila, Jonas Adriel dos Santos Grodt
CargoMestre em Ciências Contábeis (UFSM), Técnica Administrativa em Educação (UFSM), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil / Doutora em Ciências Contábeis e Administração (FURB). Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC/UFSM), Departamento de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa ...
Estudios Gerenciales vol. 39, N.° 168, 2023, 297-313 297
Artigo de pe squisa
Environmental, social, governance e desempenho corporativo: uma análise na
perspectiva da folga financeira
Yvelise Giacomello Piccinin
Mestre em Ciências Contábeis (UFSM), Técnica Administrativa em Educação (UFSM), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil.
yvelisepiccinin@hotmail.com
Larissa Degenhart*
Doutora em Ciências Contábeis e Administração (FURB). Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC/UFSM), Departamento
de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil.
larissa.degenhart@ufsm.br
Micheli Aparecida Lunardi
Doutora em Ciências Contábeis e Administração (FURB). Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC/FURB), Departamento
de Ciências Contábeis, Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, Brasil.
malunardi@furb.br
Lucas Veiga Ávila
Doutor em Administração (UFSM). Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC/UFSM), Departamento de Ciências Contábeis,
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil.
lucas.avila@ufsm.br
Jonas Adriel dos Santos Grodt
Mestre em Ciências Contábeis (UFSM), Técnico Administrativo em Educação, Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil.
grodtjonas@gmail.com
Resumo
Este trabalho objetivou analisar o efeito moderador da folga financeira na relação entre divulgação ambiental, social e de governança
(ESG) e desempenho contábil e de mercado, em empresas brasileiras. A amostra desbalanceada constituiu-se de empresas listadas
na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), no período de 2016 a 2021. A pesquisa descritiva, documental e quantitativa, operacionalizou-se pela
regressão linear por Mínimos Quadrados Ordinários (OLS). Os resultados indicam que as atividades ESG impactam positivamente o
desempenho contábil e de mercado em empresas brasileiras. Ademais, organizações com recursos excedentes, impulsionam ações ESG
e o desempenho corporativo. Os achados contribuem cientificamente ao indicar que investidores e demais partes interessadas devem
analisar com maior cautela, contextos de escassez de recursos e menores índices ESG.
Palavras-chave: Environmental; Social and Governance; Desempenho corporativo; Folga financeira.
Environmental, social, governance and corporate performance: an analysis from the perspective of financial slack
Abstract
This work aimed to analyze the moderating effect of financial slack on the relationship between ESG and accounting and market performance
in Brazilian companies. The unbalanced sample consisted companies listed on Brasil, Bolsa, Balcão (B3), from 2016 to 2021. The descriptive,
documentary and quantitative research was operationalized by linear regression by Ordinary Least Squares (OLS). The results indicate that
environmental, social and governance (ESG) activities positively impact the accounting and market performance of Brazilian companies.
Furthermore, organizations with surplus resources drive ESG actions and corporate performance. The findings contribute by indicating that
investors and other stakeholders should analyze with greater caution, contexts of scarcity of resources and lower ESG indices.
Keywords: Environmental; Social and Governance; Corporate performance; Financial slack.
Rendimiento medioambiental, social y de gobernanza de las empresas: un análisis desde la perspectiva de la holgura financiera
Resumen
Este trabajo tuvo como objetivo analizar el efecto moderador de la holgura financiera en la relación entre ESG y el desempeño contable y de
mercado en las empresas brasileñas. La muestra desequilibrada consistió en empresas que cotizan en Brasil, Bolsa, Balcão (B3), de 2016
a 2021. La investigación descriptiva, documental y cuantitativa fue operacionalizada por regresión lineal por mínimos cuadrados ordinarios
(MCO). Los resultados indican que las actividades ambientales, sociales y de gobernanza (ASG) impactan positivamente en el desempeño
contable y de mercado de las empresas brasileñas. Además, las organizaciones con excedentes de recursos impulsan las acciones ESG y el
desempeño corporativo. Los resultados contribuyen al indicar que los inversores y otras partes interesadas deben analizar con mayor cautela,
contextos de escasez de recursos y menores índices de ESG.
Palabras clave: Ambiental; Social y Gobernanza; Desempeño corporativo; Holgura financiera.
* Autor para d irigir corres pondência.
Classif icações JEL: M41; M14; Q56.
Como citar: P iccinin, Y. G., Dege nhart, L ., Lunardi, M. A ., Ávila , L. V. y Grodt, J. A . dos S. (202 3). Environm ental, soc ial, gover nance e desemp enho corpo rativo:
uma análise n a perspectiv a da folga finance ira. Estudios Gerenciales, 39(168) , 297-313 . https://doi.org/10.18046/j.estger.2023.167.5800
DOI: https://doi.org/10.18046/j.estger.2023.167.5800
Recebido: 27-10-2022
Aceito: 24-03-2023
Publicado: 30-09-2023
© 2023 Universidad ICESI. Published by Universidad Icesi, Colombia.
This is an open access article under the CC BY license (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)
Piccinin et al. / Estudios Gerenciales vol. 39, N.° 168, 2023, xxx-xxx
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1. Introdução
Nas últimas décadas, a atenção dada às questões de
sustentabilidade ocasionou uma expansão do disclosure
de informações ambientais, sociais e de governança
das empresas (Li, Gong, Zhang & Koh, 2018). Diversos
são os benefícios que div ulgações maiores ger am às
empresas, dentre estas, podemos citar organizações
mais sustentáveis - com maior legitimidade e satisfa-
ção do consumidor- melhorias no bem-estar, ética,
e atendimento de anseios de partes interessadas e
acionistas (Duque-Grisales & Aguilera -Caracuel, 2021).
Pesquisas que analis aram a relação entre ESG
e desempenho têm sido amplamente realizadas
(Mohammad & Wasiuzzaman, 2021). Os resultados
dos efeitos do nível de divulgação ESG no desempenho
corporativo variam entre positivos (Buall ay, 2019;
Javeed & Lefen, 2019; Jost, Kroenke & Hein, 2021;
Liang & Renneboog, 2017; Li et al., 2018; Nollet, Filis
& Mitrokostas, 2016), negativos ( Atan, Alam, Said &
Zamr i, 2 018; Bian, Gan, Li & Hu, 2016; Duque-Grisales
& Aguilera-Caracuel, 2021; Taufik & William, 2021) e
sem significância estatística (Buallay, Fadel, Alajmi &
Saudagaran, 2020; Hsu, Liang & Matos, 2021; Nekhli,
Nagati, Chtioui & Rebolledo, 2017).
Estes resultados, inconclusivos e discrepantes,
podem atrelar-se ao contexto do país onde as em-
presas estão inseridas, às políticas de governança,
além da priorização, por parte da organização, de in-
vestimentos ambientais e sociais que não contribuam
com o desempenho empresarial (Nollet et al., 2016).
Como a pontuação ESG é uma combinação de três
dimensões (ambiental (E), soc ial (S) e governança (G)), os
investimentos e ações ESG podem ocorrer de maneira
diferenciada, ora pr iorizando um pilar em detrimento de
outro (Mohammad & Wasiuzzaman, 2021). Deste modo,
analisar as dimensões individuais (E, S e G) possibilita
perceber de que forma cada pilar contribui para a
geração de valor ou para a diminuição do desempenho
corporativo (Duque -Grisales & Aguilera-Caracuel , 2021).
O desempenho corporativo possui dois enfoques
principais: um embasado na contabilidade, e outro no
mercado, ou seja, um avalia a eficiência interna en-
quanto o outro enfoca nas reações externas de inves-
tidores (Alareeni & Hamdan, 2020). Neste estudo,
foram avaliadas as duas perspectivas: o desempenho
contábil por meio das variáveis Retorno Sobre os Ativos
(ROA), e Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE). Na
perspectiv a de mercado, considerou-se as medidas Q de
Tobin (QT) e Market to Book (MTB).
Empresas que apresentam folga financeira (FF),
provavelmente, possuem maior flexibilidade com a
aplicação de recursos não comprometidos, podendo
mobilizá-los para atividades discricionárias, como o
ESG (Li, Cao, Zhang, Chen, Ren & Zhao, 2017). Duque-
Grisales e Aguilera-Caracuel (2021) analisaram os
efeitos moderadore s da folga financeira na relação entre
ESG e seus pilares, no desempenho corporativo (ROA
e teste de robustez com QT) de empresas do Brasil,
Chile, Colômbia, México e Per u. Lin, Ho, Ng & Lee (2020)
avaliaram empresas americanas na relação entre ESG
(geral) e desempenho R OA e ROE, moderado pela FF.
Li et al. (2017) exploraram o efeito da responsabilida-
de ambiental sobre o ROA e o papel moderador da folga
financeira em empresas chinesas. Esta pesquisa se
diferencia do estudo de Duque-Grisales e Aguilera-
Caracuel (2021), Lin et al. (2020) e Li et al. (2017) ao
propor a análise do ROA e do ROE para mensurar o
desempenho contábil, e por adicionar o desempenho de
mercado, mensurado pelo QT e MTB. Além disso, buscou-
se avaliar os pilares ESG e não apenas o score ESG geral.
Destaca-se que os efeitos da folga financeira na relação
entre ESG e desempenho corporativo foram analisados
considerando as seguintes variáveis de desempenho:
ROA (Duque-Grisales & Aguilera-Caracuel, 2021; Lin et
al., 2020; Li et al., 2017), ROE (Lin et al., 2020) e Q de Tobin
(Duque-Grisales & Aguilera-Caracuel, 2021). Portanto,
justifica-se a inclusão da análise do ROA, ROE, QT e MTB,
para verificar os efeitos moderadores da folga financeira
na relação entre ESG e desempenho corporativo, visto
que tais indicadores foram pouco explorados nas relações
moderadoras propostas, principalmente o indicador MTB.
Portanto, tais rel acionamentos constituem a lacuna
teórica explor ada e este estudo visa re sponder à seguinte
pergunta: Qual o efeito moder ador da folga financeira na
relação entre ESG e desempenho contábil e de mercado
em empresas brasileiras? Objetiva-se analisar o efeito
moderador da folga financeira na relação entre ESG
e desempenho contábil e de mercado em empresas
brasileiras.
Para tanto, utilizou-se uma amostra desbalanceada
de empresas listadas na B3, no período de 2016 a 2021,
totalizando 483 observações anuais e, para a análise
dos dados, aplicou-se a regressão linear por Mínimos
Quadrados Ordiná rios (OLS), com erro s padrões robustos .
Os resultados, no ger al, indicam que as atividades ESG
(e pilares ambiental, social e governança) impac tam
positivamente o desempenho corporativo (contábil e
de mercado) em empresas brasileiras, além da folga
financeira atuar como propulsora da relação entre ESG
e desempenho corporativo. Esses resultados indicam
que organizações com recursos excedentes tendem
a realizar ações ambientais, sociais e de governança
e, consequentemente, gerar retor nos positivos no
desempenho corpor ativo.
A relevância das temáticas abordadas (ESG e de-
sempenho corporativo) encontra respaldo nos argu-
mentos de Gillan, Koch e Star ks (2021), pois abordam a
partir do desenvolvimento de uma revisão de literatura
sobre ESG com ênfase em finanças corpor ativas. Uma
das temáticas mais debatidas na literatura ESG é se as
escolhas gerenciais voltadas às questões ambientais,
sociais e de governanç a impactam o desempenh o contábil
e o valor da empresa (desempenho de mercado), e se
este desempenho também orienta os investimentos ESG
efetuados pelas empre sas. Além disso, a importância de

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